MAIS LENHA NA FOGUEIRA DA CRISE

Especialistas apontam que a queda no preço dos combustíveis derivados do petróleo teria que ser de no mínimo 40% e que deveria ter ocorrido já em dezembro do ano passado. O governo e a Petrobrás têm contado com a indiferença do consumidor e com a subserviência dos meios de comunicação para estender ao máximo os lucros com a desvalorização do barril de petróleo no mercado mundial. A queda nos preços vem ocorrendo desde julho do último ano, quando o barril custava U$ 147. Nesta época, a gasolina saia em média de R$ 2,50 para o consumidor brasileiro. Hoje o preço do barril se mantém estável, na casa dos U$ 36, enquanto o litro de gasolina para o consumidor está saindo em média de R$ 2,60.
A redução nos preços dos combustíveis adiada pelo governo e pela Petrobrás significa um verdadeiro assalto ao bolso do brasileiro. Economistas apontam que redução resultaria em diminuição instantânea no preço de vários produtos no mercado, assim como o custo dos transportes destes produtos até os distribuidores.
Itens como carne, trigo, arroz e feijão teriam redução nos preços entre 8 e 10 por cento. Outros produtos como eletrodomésticos, automóveis, móveis e roupas poderiam ter queda ainda maior, considerando que boa parte das matérias primas usadas na indústria são derivadas do petróleo. A redução no preço dos produtos aumentaria as vendas dos mesmos em proporções maiores ainda. Este aumento no consumo seria capaz de minimizar ou até mesmo encerrar os processos de demissões na indústria, no comércio e no campo.
Mas o governo não parece sensível ao volume de brasileiros que perdem seus empregos todos os dias em virtude da atual crise econômica mundial. O governo não parece se importar que o consumidor pague praticamente o dobro do valor de mercado pela gasolina, pelo diesel e gás de cozinha. A normalização nos preços dos combustíveis ajudaria a reduzir o impacto da crise econômica que, pouco a pouco, vem eliminando cada vez mais postos de trabalho aqui no Brasil.Em virtude desta exploração oportunista do governo e dos dirigentes da Petrobrás, muitos brasileiros estão com suas contas atrasadas, pagando juros no cartão de crédito, no cheque especial ou ainda recorrendo a empréstimos de última hora para cobrir parte do rombo do orçamento doméstico. O custo de transporte para o trabalhador teria uma redução em torno de 8%. Uma família que gasta cerca de R$ 20 por dia com gasolina, estaria gastando apenas R$ 12, caso o preço do produto acompanhasse a queda no mercado externo. Isso resultaria numa economia de R$ 240 no mês. Ou seja, um pouco mais de carne na mesa, as contas em dia e a economia com juros. Um caminhoneiro que gasta R$ 250 por dia com diesel era para estar gastando apenas R$ 150 reais, se o governo e a Petrobrás não fossem tão oportunistas. Com esta economia, o caminhoneiro poderia investir na manutenção de seu veículo, comprar pneus novos e correr menos riscos de acidentes nas precárias estradas brasileiras.
Fazer caixa à custa do sacrifício de milhões de brasileiros, ainda mais num momento de fragilidade econômica como agora parece mesmo uma grande covardia. O pior de tudo é saber que parte destes recursos serão gastos nas próximas eleições com os candidatos do PT e seus aliados. O Partido dos Trabalhadores parece não mais se importar com o emprego dos trabalhadores. Como foi dito anteriormente, os derivados do petróleo estão presentes na composição de custos de praticamente todos os produtos do mercado. Desde solventes, tintas, fertilizantes, plásticos, produtos farmacêuticos, tecidos, etc. a normalização nos preços dos combustíveis poderia resultar não apenas na diminuição das demissões como também contribuir para o aumento de vagas no mercado. Este raciocínio é derivado da fórmula clássica do mercado: o multiplicador macro-econômico. Ou seja, quanto mais barato, maior o consumo, quanto maior o consumo, maior a produção. Quanto maior a produção, maior o número de contratações. Este fundamento sempre funcionou como um relógio, mas ao que parece, vem sendo ignorado pelo governo e direção da Petrobrás em nome da ganância e da ambição de se perpetuarem no poder.
Chega de não fazer nada! Chega de ser negligente com as práticas espúrias de nossos governantes e empresas! Chega de ser indiferente! Este espaço é apenas o embrião de um projeto maior. Em breve, uma nova bandeira na luta pelos direitos do cidadão.
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Mesmo que você não tenha um automóvel, moto ou caminhão. Saiba que todo brasileiro está pagando mais caro por tudo, não só pelos combustíveis. O petróleo está presente na composição de todos os preços do mercado.
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