Quem já está familiarizado com as denúncias contra a Petrobrás veiculadas neste blog deve estar se sentindo indignado. Mas o que explicaria o desvirtuamento de uma empresa como a Petrobrás? Que tipo de objetivo teria o governo e a direção da estatal ao permitir que a imagem da empresa sofresse tanto desgaste perante a opinião pública? Ao que parece, este pode ser parte de um processo que visa prejudicar a imagem da Petrobrás aos olhos do povo brasileiro, anbrindo espaço para que a sociedade passe a aceitar a possibilidade de privatização da estatal.
É claro que esta é uma denúncia muito grave. Mas as autoridades representadas na figura do presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli e da presidente do Conselho da Petrobrás, a ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef parecem não se importar com o desgaste constante na imagem da empresa.
Primeiro, a questão do excesso de enxofre no diesel. Em seguida, a relutãncia em praticar um preço justo para o consumidor interno. Acrescente-se ao declínio da empresa o fato de ter sido excluída do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da Bovespa. De estar Impossibilitada pelo Conar de fazer propaganda se dizendo ambienalmente responsável, e ainda ter se desligado do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Tantos pontos negativos corroboram para as suspeitas de que pode haver algo por trás disso tudo. Uma campanha para destruir a reputação da empresa, articulada com o propósito de viabilizar sua privatização num futuro próximo.
O leitor mais atento pode tentar formular um quadro mais consistente sobre as suspeitas que as denúncias aqui veiculadas levantam ao ler um trecho de uma entrevista concedida pelo presidente da Petrobrás ao portal Terra Magazine.
Terra Magazine - O senhor nem se preocupava quando lia sobre isso nos jornais?
José Sergio Gabrielli - Não. Acho que seria um absurdo privatizar a Petrobras. Mas é minha opinião pessoal. As ações não pertencem à direção da Petrobras. Pertencem, 37%, à União, e 63%, a outros acionistas. No mercado financeiro existem movimentos para a privatização. Eu fui diretor financeiro durante 2 anos, fiz, literalmente, centenas de reuniões com o mercado financeiro e ouvi várias propostas aqui. Do mercado, não do governo.
O prório Gabrielli admite ter feito "centenas" de reuniões com o "mercado" e ouvido várias propostas. Será que estas informações não seriam suficientes para acionar um alarme geral na sociedade?
Clique aqui para ler a entrevista completa.
sábado, 21 de março de 2009
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