quinta-feira, 16 de abril de 2009

Palavras ao vento

“A decisão nunca é só política ou só econômica. As duas coisas sempre influenciam quando você tem uma empresa que produz 99,9% dos combustíveis do País. Então, é evidente que essa empresa não pode pensar só e exclusivamente do ponto de vista empresarial porque os impactos dela são macroeconômicos”, disse o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, durante o Fórum Econômico Mundial para a América Latina, hoje no Rio de Janeiro.

Brilhante o raciocínio de Gabrielli, inclusive ao reconhecer o monopólio da estatal. Entretanto, a opinião do maior interessado nesta questão, o consumidor, não é levada em conta. O presidente da empresa também se esqueceu de avaliar os aspectos morais e éticos ao negligenciar os benefícios da queda dos preços no exterior ao consumidor brasileiro. A política da estatal e do governo é literalmente anti-ética e imoral. O consumidor, além de lesado e indefeso, ainda tem que lidar com declarações cretinas dos representantes do governo.

"Precisamos reduzir o preço dos combustíveis, admite Lula"
Estão todos sabendo disso desde setembro de 2008 e vem empurrando a solução com argumentos vazios. Agem inescrupulosamente, ignorando as leis de mercado, num oportunismo digno de bandidos.

"Tudo isso é tema que está sendo pensado. Nós precisamos reduzir. Todo mundo sabe disso, a Petrobras sabe disso, mas precisamos compatibilizar para ver o que vai acontecer com os Estados que, nessa época de crise, perderão muito ICMS", declarou Lula, ignorando completamente os interesses do consumidor, o maior prejudicado até aqui.
"Não podemos calçar um santo e descalçar o outro. Precisamos, mesmo que seja um sapato mais humilde, dar um para cada um para que todo mundo possa calçar", concluiu Lula com esta metáfora ridícula, dando a entender que pretende postergar a decisão por mais tempo, insistindo na postura imoral e antiética adotada até o momento.
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